Tatu-peba viraliza após ‘pedir’ comida em parque de Tangará da Serra; veja vídeo

Imagem de tatu-peba em Tangará da Serra

Um tatu-peba ganhou destaque nas redes sociais após ser filmado “pedindo” comida a turistas no Bosque Municipal de Tangará da Serra, localizado a 242 km de Cuiabá. O vídeo, que foi publicado na última terça-feira (3), rapidamente viralizou, acumulando mais de 200 mil visualizações. Apesar do comportamento curioso do tatu, a interação entre humanos e animais silvestres sempre requer cuidados, como explicam especialistas.

Interação inesperada e momento registrado

Ramieri os e Eliana Cardoso, que estavam visitando o parque, capturaram o momento em que o tatu-peba se aproximou dos turistas, atraído pelo cheiro da comida. Antes disso, uma funcionária do parque já havia alertado sobre a possível presença do animal. “Ele realmente apareceu e ficou ao nosso redor por alguns minutos, mas logo foi embora”, relatou Ramieri. No entanto, mesmo que a cena tenha divertido os presentes, especialistas advertem sobre os riscos dessa interação.

Os riscos de alimentar animais silvestres

De acordo com o biólogo Luiz Eduardo Saragiotto, alimentar animais silvestres pode trazer sérios problemas. Por um lado, os alimentos humanos contêm ingredientes que não fazem parte da dieta natural dos animais, prejudicando sua saúde. Além disso, Saragiotto alerta que, quando um animal se habitua a receber comida de pessoas, ele perde sua capacidade de buscar alimento por conta própria, o que compromete seu comportamento natural e, consequentemente, sua sobrevivência.

Perigos da contaminação cruzada

Outro ponto importante é o risco de contaminação cruzada entre humanos e animais. Como explica o biólogo Pablo Edini, doenças comuns em pessoas, como herpes, podem ser fatais para os animais. “Por isso, é crucial evitar o contato direto e não alimentar os animais”, orienta Edini. Ele ainda reforça que essa prática, muitas vezes vista como inofensiva, pode causar desequilíbrios no ecossistema e impactar negativamente a fauna.

Consequências para o ecossistema

Especialistas alertam que, além dos danos à saúde do tatu, alimentá-lo interfere nas funções ecológicas que ele desempenha no ambiente. Por exemplo, animais como o tatu ajudam a controlar pragas e a dispersar sementes, mantendo o equilíbrio natural do ecossistema. Quando esses animais am a depender de alimentos fornecidos por humanos, toda a cadeia alimentar pode ser afetada.

Para garantir a segurança de todos, tanto dos visitantes quanto da fauna local, é essencial que os parques adotem medidas educativas. Campanhas de conscientização são fundamentais para alertar as pessoas sobre os perigos de interagir com animais silvestres de maneira inadequada.

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