Durante seu governo, Donald Trump impôs restrições severas à entrada de cidadãos de 19 países nos Estados Unidos, medida que ficou conhecida como “travel ban”. A política visava, segundo Trump, reforçar a segurança nacional, mas rapidamente atraiu críticas internacionais e processos judiciais.

Alvo principal: países muçulmanos e africanos
Os países atingidos incluíam, em sua maioria, nações de população muçulmana e países africanos, como Irã, Sudão, Nigéria e Mianmar. As restrições variavam de proibições totais de entrada a limitações específicas em categorias de visto, afetando estudantes, trabalhadores e imigrantes.
Críticas e contestação judicial
Organizações de direitos humanos denunciaram a medida como discriminatória e alegaram que ela violava princípios constitucionais de liberdade religiosa e igualdade. Embora contestadas judicialmente, algumas das proibições foram validadas pela Suprema Corte americana.
Oposição política e acadêmica também se manifestou contra as restrições, argumentando que elas enfraqueciam a imagem dos Estados Unidos como um país aberto à diversidade. Diversas universidades, empresas de tecnologia e líderes religiosos se uniram em campanhas públicas e ações judiciais, alegando que as medidas afetavam estudantes estrangeiros, talentos internacionais e famílias que buscavam refúgio no país.
Revogação pelo governo Biden
Em 2021, uma das primeiras ações de Joe Biden ao assumir a presidência foi a revogação desses vetos, sinalizando uma mudança na política migratória dos EUA. Biden afirmou que não se deve usar a segurança nacional para justificar discriminação.
A política de Trump marcou uma das fases mais restritivas da imigração americana nas últimas décadas e deixou um legado de debates intensos sobre imigração e segurança.
perguntas e respostas
A maioria dos afetados eram de países de maioria muçulmana e africanos.
Sim, sofreu críticas de organizações de direitos humanos e foi alvo de ações judiciais.
Biden revogou o “travel ban” por ordem executiva, buscando restaurar uma política migratória mais inclusiva.