Yuri Alexandre Rodrigues da Silva, de 28 anos, matou Vânia Cristina Benini, de 40, com uma faca que comprou um dia antes em uma loja de Ribeirãozinho, a 627 km de Cuiabá. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele adquiriu o conjunto de facas da marca Tramontina, por volta das 16h de quarta-feira (4). Na manhã seguinte, por volta das 7h30, a Polícia Militar encontrou o corpo da vítima caído à beira da rodovia MT-463.
A polícia confirmou que Vânia estava grávida de quatro semanas e mantinha um relacionamento extraconjugal com Yuri, seu colega de trabalho. Testemunhas afirmaram que ele não aceitava a gravidez e chegou a pressioná-la para fazer um aborto. No dia anterior ao assassinato, Vânia havia feito seu primeiro exame pré-natal.
Polícia encontra provas do crime e prende suspeito
Assim que identificou o corpo, a polícia ouviu familiares e amigos de Vânia. Os depoimentos revelaram o relacionamento com Yuri e o possível motivo do crime. A equipe foi até a casa do suspeito e o encontrou. No local, os policiais recolheram um capacete com vestígios de sangue e localizaram uma bermuda e um par de meias escondidos no forro do teto, também sujos de sangue.
No lixo da casa, os agentes encontraram a embalagem plástica das facas Tramontina. A família de Yuri tentou alegar que ele havia comprado o item dois meses antes. A polícia checou as imagens da loja e desmentiu a versão. O vídeo mostra o suspeito comprando as facas em uma gravação de 2 minutos e 36 segundos. Os policiais deram voz de prisão a Yuri ainda dentro da residência, na frente da esposa.
Investigadores desmentem tentativa de encobrir o crime
Inicialmente, os policiais pensaram que se tratava de um acidente de trânsito, já que encontraram a moto da vítima caída e com o motor ligado. No entanto, a presença da faca ensanguentada ao lado do corpo e os sinais de violência indicaram assassinato. O irmão de Vânia reconheceu o corpo e informou que ela vivia um relacionamento com um homem casado — Yuri — e que ele havia reagido mal à gravidez.
Uma testemunha contou que recebeu uma mensagem de Yuri às 6h30 da manhã, antes da divulgação do crime, perguntando se a notícia da morte de Vânia era verdadeira. A mensagem reforçou a tese de que ele já sabia o que havia acontecido — porque ele mesmo cometeu o crime.
A Polícia Civil classificou o crime como feminicídio qualificado. Os investigadores destacaram os agravantes: motivo torpe, uso de meio cruel e premeditação
Perguntas frequentes
Yuri Alexandre Rodrigues da Silva, de 28 anos, confessou o crime e foi preso em flagrante.
Sim. Yuri comprou a faca um dia antes do assassinato, em uma loja no centro da cidade.
Ele não aceitava a gravidez de Vânia, com quem mantinha um caso extraconjugal.