Antonio Fagundes cometeu uma gafe ao se referir à homossexualidade como uma doença. Ele e Giovanna Ewbank discutiam sobre a demora da televisão para abordar assuntos mais diversos de grupos considerados minorias na sociedade. O ator defendeu posicionamentos políticos nas novelas, mas errou ao usar a palavra “homossexualismo”, termo reconhecido como pejorativo.
No podcast Quem Pode, Pod, no YouTube, a mulher de Bruno Gagliasso questionou Fagundes sobre o motivo de a TV aberta colocar mais diversidade entre personagens na teledramaturgia apenas num período mais recente, nos últimos anos. “Vocês não acham que a TV aberta de repente demorou um pouco para colocar questões importantes?”, questionou ela na terça (26).
“Mas colocou! Se você pegar, por exemplo, a nossa telenovela da década de 1970, 1980 e 1990, [já tinha] os problemas sociais colocados na dramaturgia. O Rei do Gado falava de Reforma Agrária”, pontuou o ator, protagonista da trama de 1997 de Benedito Ruy Barbosa.
“As novelas da Gloria Perez, por exemplo, levantam problemas sérios da sociedade. A gente falou de homossexualismo, a gente falou de prostituição”, listou Fagundes ao se recordar de América (2005) e Salve Jorge (2012). Giovanna corrigiu o veterano de forma delicada.
“Mas, ao mesmo tempo, o beijo gay demorou muito para ser colocado. As relações homoafetivas demoraram muito para serem colocadas”, afirmou a apresentadora, frisando o termo “homoafetivo”. “Isso é porque a sociedade ainda é muito conservadora”, lamentou o ator.
Veja abaixo a entrevista completa: