Violência contra a mulher equiparada à tortura: O que muda com a nova lei aprovada pelo Senado

O Senado aprovou, por unanimidade, um projeto de lei que equipara à tortura crimes físicos ou mentais praticados de forma repetida contra mulheres. A proposta, que agora segue para análise da Câmara dos Deputados, representa um avanço na luta contra a violência de gênero, mas também levanta debates sobre sua aplicação e eficácia. O que está por trás dessa mudança e como ela pode impactar a vida das mulheres no Brasil?

Violência doméstica como tortura: Uma nova perspectiva

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) propôs o projeto, e os parlamentares o modificaram para equiparar a violência doméstica contínua e repetitiva à tortura.O relator Eduardo Braga (MDB-AM) aceitou uma sugestão do senador Fabiano Contarato (PT-ES), que destacou que o sofrimento prolongado das vítimas se assemelha à tortura. A mudança visa reconhecer a gravidade desses crimes e fortalecer a proteção às mulheres.

Medidas mais duras contra agressores

O projeto propõe medidas rigorosas para coibir a reincidência de crimes contra mulheres, além de equiparar a violência à tortura. As autoridades poderão transferir agressores que ameaçarem ou praticarem violência contra vítimas ou familiares durante a pena para presídios de outros estados ou federais.O texto ainda classifica como falta grave a aproximação do agressor da residência ou local de trabalho da vítima, podendo levar a um regime disciplinar mais restritivo.

Homenagem a Bárbara Penna e o impacto simbólico

A proposta foi batizada de “Projeto Bárbara Penna” em homenagem à ativista que sobreviveu a uma tentativa de assassinato pelo ex-companheiro em 2013. O caso, que resultou na morte de duas crianças e um vizinho, chocou o país e destacou a urgência de leis mais rígidas contra a violência doméstica. A história de Bárbara tornou-se um símbolo da luta por justiça e proteção às mulheres, reforçando a relevância de medidas como essa.

Perguntas e Respostas

  1. O que significa equiparar a violência doméstica à tortura?
    Significa reconhecer que a violência contínua e repetitiva causa sofrimento prolongado e sistemático, semelhante ao conceito de tortura, ampliando a gravidade jurídica desses crimes.
  2. Quais são as novas medidas contra agressores?
    Agressores podem ser transferidos para presídios de outros estados ou federais e ter regime disciplinar mais rígido se ameaçarem ou praticarem violência durante a pena.
  3. Por que o projeto homenageia Bárbara Penna?
    Bárbara é uma sobrevivente de violência doméstica que se tornou símbolo da luta por justiça e proteção às mulheres, inspirando a criação de leis mais severas.
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